Minhas reminiscências…

conde flickr valter kabas

Festa do padroeiro de Conde, Senhor do Bonfim!

conde floriano

À sombra deste Tamarineiro, pessoas costumavam sentar-se para uma prosa…ainda hoje ainda é assim 🙂

Não sei, às vezes sinto nostalgia dos velhos tempos…

Como não moro mais na cidade onde nasci e fui criada, perdi muito o gostinho das coisas boas que aconteciam no tempo em que ainda era criança, adolescente…talvez esteja “ultrapassada” pois com a tecnologia, as coisas progridem muito rápido e avançam no tempo e espaço.

Gostaria de ver ainda resgatadas essas tradições do passado, para que as novas gerações não apenas convivam com os smartphones, tablets e outras tecnologias de alta definição, mas que também guardem o modo de ser e viver simples, poético e sonhador que fizeram parte dos seus antepassados e incluir como parte de sua história de vida!

Quando falo das tradições, lembro das marujadas; ternos de reis; feiras “chics” na noite de natal, onde famílias tradicionais realizavam elas na praça Severino Vieira, com barracas enfeitadas e servidas com comidas típicas da região e pessoas visitando as casas para apreciarem os presépios, em verdadeiro sentimento de fraternidade; alvorada de fogos de artifícios no dia da festa de São Francisco, padroeiro do Sítio; festa do padroeiro de Conde, Senhor do Bonfim; festa da primavera, onde havia eleição da rainha da primavera, entre outras lembranças!

Sei que algumas delas, citadas acima, talvez ainda façam parte do calendário da cidade, como por exemplo, a marujada (que já postei aqui), a festa do Bonfim e a festa de São Francisco

Ainda falando nas reminiscências (coisas que o tempo não consegue apagar) ainda lembro da cidade sem energia elétrica; dos bois sendo conduzidos pelas ruas pelos boiadeiros e muitas vezes entrando nas casas das pessoas (era um horror…rsrsrsrs); do tempo em que os mais velhos davam aulas de pinturas, tricô, crochet e ensinavam as primeiras letras do alfabeto em suas próprias residências; do carnaval, com adultos e crianças durante o dia desfilando com máscaras de tecidos e à noite o baile no mercadão da farinha (era o clube social da época) com a banda do Sr. Orlando tocando marchas de carnaval; das viagens de canoas levando os habitantes para fora da cidade à procura de lugares mais altos por conta das enchentes do Rio Itapicurú; do único cinema da cidade (que não sei porque com a chegada do progresso local, nunca mais os governantes pensaram em construir um), onde nos deleitávamos com os filmes de Elvis Presley e para finalizar (pois ficaria aqui me extendendo…), do Projeto Rondon, que  foi criado em 1967 e durante as décadas de 1970 e 1980, permaneceu em franca atividade, tornando-se conhecido em todo Brasil. O Projeto Rondon, coordenado pelo Ministério da Defesa, era um projeto de integração social que envolvia a participação voluntária de estudantes universitários na busca de soluções que contribuíam para o desenvolvimento sustentável de comunidades carentes e com a finalidade de ampliar o bem-estar da população. Conheci pessoas muito boas nesse Projeto e que me ensinaram coisas valorosas.

Você, caro leitor condense, que ler essa postagem, pode deixar aqui também o seu sentimento, sua opinão! E se lembrar das suas “reminiscências” conte-nos!

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Praça Severino Vieira

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Hoje: Mercado Municial. No passado: Mercadão da Farinha e clube local

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Moqueca de peixe assado na brasa, vendido na feira livre.

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Enchente do Rio Itapicurú, que transbordava e entrava nas casas…

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Boiada, conduzida pelo boiadeiro…